quarta-feira, 26 de maio de 2010

continuação cap 3

Ato contínuo, o louro Arcanjo ergue a mão na vertical, com os dedos entreabertos. Como
se puxada por uma irresistível força magnética a minúscula forma-pensamento Terra
acompanhou-lhe o movimento, colocando-se a uns 7 centímetros da mão de Michael: sempre
girando em torno do próprio eixo, o planetinha descreveu, ainda, uma órbita completa em torno da
mão do Arcanjo... Ele fez um novo movimento brusco; ainda dessa vez, a pequenina Terra,
sempre girando em torno de seu eixo, tornou a acompanhar-lhe o movimento. Michael sorriu para
a platéia, comentando:
- Isso é Amor... Verdadeiramente Amor...
Por um breve instante, o Príncipe dos Arcanjos deteve-se a contemplar, com Amor, a Obra
de Suas Mãos.
- Agora eu vou soltá-la... Deixar que ela ocupe o lugar que lhe é devido dentro do sistema
solar Hélios e Vesta...
O príncipe baixou a mão. Com isso, a Terra balançou freneticamente, completamente
desgovernada, sem aprumo, sem equilíbrio. Mas, pouco a pouco, os espasmos foram diminuindo
de intensidade, até que cessaram de vez... Por um breve (ou longo?) instante, a Terra ficou
absolutamente imóvel no espaço. Simplesmente flutuando. E aí, muito devagarinho, começou a
girar em torno de seu próprio eixo. E depois de recuperar o movimento normal de rotação, a Terra
começou a deslizar pelo espaço: estava sendo puxada para a órbita do sol...
- Cada planeta – explicou Michael – tem quatro movimentos: o de rotação (em torno do
próprio eixo), o de translação (em torno do sol), o de alinhamento do seu eixo com o sol (de
preferência, tornando-se perfeitamente paralelo) e, finalmente acompanha o movimento conjunto
do sistema solar que, de tempo em tempos, se acerca do Grande Sol central de sua Galáxia...
Enfim, eis a Terra recém-nascida... Cabe a nós, Arcanjos, nesse atual estágio de
desenvolvimento, fazê-la crescer...
ENYEM ASHER EHYEH: EU SOU O QUE EU SOU. Sendo eu o que sou, componho,
juntamente com outros seis Arcanjos e nossas Chamas Gêmeas, uma Hierarquia da Criação:
cada um de nós tem muitas legiões sob seu comando, e todos juntos formamos a Fraternidade
Angélica. Porque tudo no Universo funciona dentro do princípio da Harmonia, do Serviço e da
Cooperação. Os que estão no topo da pirâmide são os que, nesse instante, têm mais condições
de servir. Mas todos nós, sem exceção, estamos evoluindo: o anjo que hoje responde pela guarda
de apenas um ser humano amanhã poderá estar respondendo por uma Raça inteira – poderá ser
o Guardião de um povo, de uma nação, de um continente, do próprio planeta... Sim, tudo evolui.
O todo evolui... Além do mais, todos têm o seu papel definido, a sua nota-chave dentro da Grande
Sinfonia da Vida.
EHYEH ASHER EHYEH. Existe apenas um Eu. Por isso, toda a Fraternidade Angélica se
uniu para dar Vida àquela primeira imagem mental da Terra. Vida realmente: sentimentos,
emoções, sensibilidade, matéria astral, sistema nervoso astral – alma, enfim. A Alma do Mundo –
quer dizer, a alma, embora rudimentar, de cada mineral e cada vegetal que vai viver no planeta. A
Alma do planeta Terra.
Começamos o trabalho. Somos Anjos, nascidos do Sol; por conseguinte, os nossos
sentimentos são as cores em que a luz solar se decompõe, cada uma delas com seus atributos
específicos. Assim, ritmadamente, nós todos, Anjos Solares, fomos irradiando para aquele feto (a
imagem mental da Terra) as qualidades solares que, em síntese, são as seguintes: a Vontade e a
determinação de cumprir a Vontade Superior com fidelidade e dedicação: a Inteligência e o Amor.
Nem é necessário dizer que essas qualidades são os principais ingredientes da Alma do Mundo.
Através do nosso trabalho de manipulação de energia e substância astral, a Terra foi
saindo de um estado totalmente azóico (sem vida) para as fases de ígnea, semi-ígnea, pastosa e
de solidificação crescente.
Na dimensão astral, temos a incumbência de animar as Idéias do nosso Deus Pai-Mãe – é
por isso e para isso que existimos. Assim, se no projeto mental que recebi havia terras e mares,
então nós, Anjos, construímos na dimensão astral essas terras e esses mares – juntando
moléculas, átomos, formando os oceanos astrais e os escudos do protoplaneta, que são as bases
subterrâneas, os alicerces dos futuros continentes da superfície e do interior da Terra. A partir
desses alicerces, foi que compusemos as terras.
Ora, todo planeta, assim como nós, é um ser em evolução. Tem um Cristo, que é o sol
central, cuja sede é o coração. À semelhança de qualquer Filho de Deus, o planeta tem uma
kundalini, o misterioso Fogo Virginal que lampejo no cóccix; no processo de iluminação planetária,
esse fogo, desperto e atuante, opera maravilhas. E tem pulmões, que são a camada etérica que
envolve o planeta; através dessa camada, correntes de energia estão, profusa e
incessantemente, purificando o corpo planetário. Tem cabeça, que é o pólo – o ponto mais
elevado, por onde entram as influências ou inspirações oriundas do cosmos. Órgãos excretores,
localizados no pólo sul, que servem para expelir as energias inadequadas ou impuras. Um
esqueleto, que são as montanhas e as colinas. Carne, que são as terras planas, Cintura, que é o
equador. Sistema linfático: os mares. Vasos sangüíneos: os rios. Nervos: veios minerais,
meridianos, poros, a própria respiração, personalidade, tipo de temperamento, temperatura,
biorritmo. Da mesma forma que os humanos, que têm um código genético, o planeta tem um
código energético próprio, e ambos mudam no decorrer da evolução.
Como nós, um planeta é um ser em evolução: nasceu, e sua existência tem uma
finalidade, uma meta a cumprir. Tem que evoluir, sim, pelos próprios méritos e usando seus
próprios recursos: tem que conquistar o seu lugar ao Sol, sempre cumprindo as leis do plano onde
final de um período de manifestação, cada ser será igual ao que foi no princípio acrescido das
experiências adquiridas durante o ciclo.
Na matéria astral, a Fraternidade Angélica montou primeiro a estrutura do planeta: a crosta
em volta do sol central e as aberturas dos pólos. Depois trabalhou no relevo: cada acidente
geográfico. No caso das cordilheiras, por exemplo, elas vão-se erguendo ou progressivamente,
através da sedimentação, ou então em decorrência de algum movimento abrupto das placas
tectônicas... mesmo na matéria astral. (Como eu disse, o planeta tem que passar pelo processo
de evolução.) Por isso, nós, anjos, criamos apenas as condições para que, mais tarde, no tempo
certo, as montanhas viessem a se erguer.
E fomos por aí, sempre cumprindo o Plano.
Ele-Ela queria muito ouro (O ouro é posto no interior da Terra pelos Senhores da Criação –
esses Grandes Seres de Luz e Amor que criam e dirigem mundos, sistemas de mundos, e a
expansão da Luz que sobre eles habitam. (...) O ouro é um dos meios mais importantes pelos
quais a energia do nosso Sol é fornecida ao interior da Terra, e um equilíbrio de atividades é
mantido. Como condutor dessa energia, ele age como um transformador, na medida em que
transmite a força do Sol para o interior da substância física do nosso mundo, assim como para a
Vida que se estende sobre ele. A energia contida no ouro é, realmente, a radiante força eletrônica
do Sol, atuando numa oitava mais baixa.” (Mestre Saint Germain, em Mistérios Desvelados –
Ensinamentos do Mestre Saint Germain, Ponte para a Liberdade, 1989)) incrustado no interior do
planeta? Pois então nós, Arcanjos, canalizamos essa poderosa energia solar e a condensamos na
forma desse metal em seguida, a injetamos no solo da Terra para que Crescesse como planta...
Ele-Ela queria gases que tanto servissem de apoio às placas tectônicas quanto
funcionassem como fonte de energia? Nós construímos essas camadas... Ele-Ela queria, além do
ouro, outros metais, gemas, minérios disseminados pelo planeta recém-nascido? Pois então nós
começamos a criar a crosta mineral: xistos, gnaisses, micaxistos, sobre os quais, com o tempo,
se formaria o granito. Incrustamos preciosos filões metálicos de cobre, manganês, platina e
muitos outros, que passaram a cintilar, misturados com o ouro, na substância astral da Terra...
Muito bonito o resultado.
Ele-Ela determinou que houvesse quantas estações por ano na superfície da Terra? Então
nós fomos, gradativamente, abrandando aquele calor tórrido que existia desde o equador até os
pólos, substituindo-o por um clima temperado e regular. Depois, para que houvesse variação no
colorido na vegetação e de tipos de colheita, introduzimos as quatro estações – mas só na
superfície, é claro, porque nas regiões intraterrenas, onde o sol central brilha perenemente, o
ameno verão é constante...
Ele-Ela manda, nós cumprimos fielmente.
Fielmente.
Obediência irrestrita à Vontade do Altíssimo, respeitando sempre o processo evolutivo de
cada ser: eis a nossa fórmula.
Então nós entregamos a Terra nas mãos dos Elohim. Porque com relação a nós, Anjos
Solares, o Fiat havia sido cumprido.
“ELI, ELI, LAMMA A SABACTAMI: PAI, PAI, COMO ME GLORIFICASTE!”
Capítulo 4
SANTO, SANTO,

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